O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) solicitou ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), nesta sexta-feira (9), a apuração de possíveis irregularidades ambientais na construção do Parque das Graças, iniciada no último dia 12 de março. De acordo com denúncias, a vegetação do mangue que permeia a encosta do rio Capibaribe no local, foi suprimida. 

As obras do espaço público fazem parte do projeto Parque Capibaribe, que prevê um sistema de parques integrados ao longo das duas margens do rio, totalizando 30 quilômetros. O Parque das Graças está localizado entre as pontes da Torre e da Capunga, no bairro das Graças, Zona Norte da Capital. 

A instalação do espaço coletivo é uma reivindicação antiga dos moradores, que conseguiram a estruturação da área pública no lugar da avenida que seria construída no local. Entretanto, a sociedade ficou estarrecida com as imagens da retirada das árvores com tratores pela Prefeitura do Recife. 

Apesar da característica positiva do projeto “existem indícios de que houve a descaracterização do projeto com a supressão de relevante trecho da vegetação sem que as informações acerca dos Estudos de Impactos Ambientais fossem fornecidas à população”, informou. Além de apurar e adotar as medidas necessárias, foi solicitado ao Ministério Público do Estado, a responsabilização pela ação ou omissão na execução da obra do Parque.

MANGUE

Vale ressaltar que o mangue é uma vegetação das mais produtivas do mundo por exportar matéria orgânica para as regiões estuarinas, além de várias espécies encontrarem, neste berçário natural, condições específicas para sua reprodução. Seus serviços ambientais são inúmeros, são plantas filtrantes que protegem a biodiversidade e a qualidade da água. 

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