O deputado federal Túlio Gadêlha entrou com uma ação popular contra o vereador Carlos Bolsonaro em face de seu uso completamente indevido do cartão corporativo presidencial de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Anteriormente em sigilo, os gastos do cartão vêm sendo revelados e uma série de escândalos vêm sendo postos em público.
Dentre eles, está o pagamento da hospedagem em um hotel em Brasília para que Carlos pudesse trabalhar em home office enquanto parlamentar carioca, sem ocupar nenhum cargo formal no Governo Federal.
Gadêlha aponta que trata-se de um flagrante desvio da finalidade do dinheiro público, visto que se trata de um gasto pessoal feito às custas dos cofres do povo brasileiro.
“O cartão corporativo na mão de Jair Bolsonaro foi um verdadeiro instrumento de farra com o dinheiro do povo. Mesmo ocupando um cargo que não possui nenhuma ligação com o Governo ou até mesmo com o Congresso Federal, Carlos se utilizou desses recursos para ter seus caprichos atendidos, um absurdo desvio de finalidade do erário público”, declara Túlio Gadêlha.
Uso ilegal do cartão corporativo
Carlos Bolsonaro ficou hospedado no Nobile Suítes Monumental, em Brasília, entre 12 e 21 de março, durante um momento crítico da pandemia, gastando R$ 2300 dos cofres públicos para seu conforto. Vale ressaltar que em por seu cargo de vereador, ele recebe um salário de R$ 14 mil.
Durante o período em que esteve hospedado, o parlamentar carioca realizou postagens contra o isolamento enquanto medida para impedir o avanço da covid-19, enquanto se encontrava no conforto da hospedagem, paga com dinheiro público.
A ação foi impetrada na Justiça Federal do Distrito Federal. Ela pede que Carlos Bolsonaro seja responsabilizado por lesão ao erário, demandado o ressarcimento dos valores gastos acrescidos de multas devidas, assim como outras possíveis sanções pelo cometimento do dano aos cofres públicos. Ela se soma ao rol das ações do deputado Túlio Gadêlha feitas contra a farra com o dinheiro público nos últimos anos.
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