Mesmo diante dos escândalos de corrupção, que envolvem a compra de vacinas, revelados na CPI da Covid, do cenário pandêmico que os brasileiros enfrentam e das denúncias de desmatamentos e queimadas em todos os biomas brasileiros, o PL 2633/2020 ou, simplesmente, o PL da Grilagem, foi votado e aprovado por um placar de 296 votos a favor da proposta e 136 contra. A votação aconteceu nesta terça-feira (5), na Câmara dos Deputados.

 “Resistimos, tentamos obstruir a votação, mas terminamos vencidos”, disse o deputado federal Túlio Gadêlha, que é contra o projeto. “Mas a luta continua, devemos nos mobilizar e pressionar os senadores para impedir que esse PL passe”, afirmou o parlamentar. 

O projeto legaliza o roubo de terras públicas, estimulando ainda mais o desmatamento e a violência no campo. Ele afeta quem realmente leva comida para a mesa da população brasileira: os agricultores e agricultoras familiares, que já estão prejudicados por leis que aceleram a concentração de terras, facilitam a grilagem e aumentam a destruição ambiental. 

“Infelizmente, no lugar de prevenir e combater o crime ambiental e esquemas organizados por grandes ladrões de terras públicas, a proposta, se passar pelo Senado, deixará um rastro de desmatamento, queimadas e violência”, destacou o parlamentar.

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