Para acompanhar a candidata à prefeita de Jaboatão dos Guararapes, Maíra Vilar (PDT), o deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) visitou a sede da Associação de Pescadores de Barra de Jangada (APBJ) nesse último fim de semana. Além de conversar com os trabalhadores locais, o parlamentar também apresentou o Projeto de Lei do Mar (PL 6969/13) que está como relator no Congresso.

Atualmente, a APBJ está sendo ameaçada a deixar as margens da foz do Rio Jaboatão – onde está situada há mais de 15 anos com termo de posse. Segundo a entidade, a ordem de despejo requisitada pela Prefeitura da cidade tem o prazo final para após a data das eleições. Vale salientar que o local é uma área de Marinha, ou seja: a posse é da associação, mas a propriedade do terreno é da União. E mais: a área é de proteção ambiental, sendo próxima a mangues e biomas que precisam de cuidados.

Com o intuito de ouvir as dificuldades dos pescadores e estudar formas de ajudá-los através de articulação na Câmara Federal, Gadêlha aproveitou para expor o propósito do PL do Mar que já tramita no Congresso. Segundo o parlamentar, o projeto  busca integrar as normas e políticas setoriais para promover uma governança costeiro-marinha. “A finalidade é atrelar desenvolvimento econômico e preservação dos ambientes marinhos brasileiros”, explica. Sendo aprovado, a APBJ pode ser beneficiada através do uso sustentável dos recursos a partir, também, de uma visão integradora das atividades econômicas vinculadas.

Na ocasião, o deputado federal pedetista Túlio Gadêlha e a candidata à prefeita de Jaboatão Maíra Vilar também conheceram a primeira mulher pescadora registrada de Pernambuco, Maria da Graça. Ela contou sobre sua história na comunidade de Barra de Jangada e explicou como a retirada arbitrária da associação do local que está situada é prejudicial para os pescadores. De acordo com Dona Graça, os “trabalhadores do mar” não terão mais de onde tirar o sustento da família.

“O que está acontecendo com os pescadores de Barra de Jangada é um absurdo. A especulação imobiliária não pode ditar o destino das pessoas. Além de fonte de renda, a pesca também é um trabalho ensinado de pai para filho. É uma tradição. Preservar o ofício dessa gente é manter funcionando a economia local, mas também manter vivos os costumes do nosso povo jaboatonense litorâneo”, comenta Maíra.

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