O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) entrou com uma notícia-crime no STF (no último dia 9) para investigar o financiamento dos atos antidemocráticos realizados no feriado de 07 de setembro, depois de muitos vídeos circularem nas redes onde pessoas relatam ter recebido dinheiro para participar dos atos, ter despesas pagas e receberem “kits protesto” como camisas e cartazes prontos.

O documento pede a investigação de possíveis ligações do presidente da república ( e seus apoiadores ) no financiamentos desses atos que tiveram como maior bandeira as destituições dos pilares da democracia, como o fechamento do STF e a implantação de uma ditadura militar comandada pelo presidente.

“Ele (pessoa que grava o vídeo) cita explicitamente que a família Nishimura está patrocinando aquele ato. Cabe investigar, procurar saber quem são as pessoas, quanto receberam, como aquele dinheiro foi parar ali. Existe claramente um financiador, mas também organizadores, quem participou do processo de organizações, quem contratou esses ônibus, fez essas camisas?”, questionou o deputado Túlio Gadêlha.

Agora não só o STF como também o TSE vão apurar essas manifestações. O corregedor-geral do TSE, o ministro Luís Felipe Salomão, quer saber também se os atos se configuram propaganda eleitoral antecipada. Para o ministro, os fatos podem configurar abuso de poder político e econômico. Ele deu 20 dias para a Polícia Federal aprofundar as investigações. O caso passou a integrar o inquérito administrativo aberto pelo TSE para apurar os ataques do presidente ao sistema eleitoral.

Bolsonaro e vários de seus apoiadores participaram dessas manifestações, numa clara tentativa de romper as linhas das instituições democráticas, atacando o sistema eleitoral e o sistema político estabelecido desde a redemocratização do país. Após o ataque fervoroso do presidente, 11 partidos protocolaram uma requisição no tribunal cobrando que o mandatário prestasse esclarecimentos e provas sobre as acusações de supostas fraudes declaradas durante uma live nas redes sociais. Assinam o pedido as legendas PT, Solidariedade, MDB, PDT, PSDB, PSol, Rede, Cidadania, PV, PSTU e PCdoB.

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