No próximo dia 17/09, às 9h, a Comissão de Cultura debaterá, em audiência pública, o recente incêndio ocorrido na unidade da Cinemateca da Vila Leopoldina, em São Paulo. A perda irreparável de inúmeras obras e documentos do cinema brasileiro representa um desastre para a cultura do Brasil, para a memória e identidade dos brasileiros, sobretudo porque se trata de uma tragédia motivada pelo descaso.

Segundo os trabalhadores, há mais de um ano eles denunciaram a possibilidade de incêndio nas dependências da Cinemateca pela ausência de quaisquer funcionários de documentação, preservação e difusão. Ainda de acordo com os manifestantes, no último dia 8 de agosto completou um ano do abandono da Cinemateca Brasileira pelo Governo Federal e a demissão de todo seu corpo técnico, que sequer recebeu os salários não pagos e as rescisões pela anterior gestora, a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp).

A falta de manutenção do local, que implicaria em riscos de incêndio, também havia sido alertada pelo Ministério Público Federal. Mas a União menosprezou os apelos, e preferiu continuar verbalizando que a cultura é um instrumento de manipulação ideológica.

Para o encontro, foram convidados o ex-diretor da Cinemateca, Carlos Magalhães, o diretor do Departamento de Políticas Audiovisuais, Hélio Ferraz de Oliveira, o secretário Especial de Cultura, Mario Frias, o ministro do Turismo, Gilson Machado, a cineasta Paloma Rocha, o diretor de cinema, Kleber Mendonça Filho, representantes do Movimento dos Trabalhadores da Cinemateca Brasileira; e representante do SOS Cinemateca.

Além do deputado federal Túlio Gadêlha (PDT/PE), assinam o requerimento de solicitação da audiência pública, os parlamentares David Miranda (PSOL-RJ); Áurea Carolina (PSOL-MG); Jandira Feghali (PCdoB-RJ); Alice Portugal (PCdoB-BA); Alexandre Padilha (PT-SP); Lídice da Mata (PSB-BA); Benedita da Silva (PT-RJ); Tadeu Alencar (PSB-PE); Paulo Teixeira (PT-SP) e Waldenor Pereira (PT-BA).

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